O dia 25 de novembro é o dia internacional de Não Violência contra a Mulher. Para esta quarta, 25, o Centro Feminista 8 de Março e a Marcha Mundial das Mulheres realizarão uma programação específica com o seminário, oficinas e ato público em parceria com a ActionAid e o Grupo Mulheres em Ação.
Pela manhã, o Seminário Cidades Seguras para as Mulheres começará às 8h na Biblioteca Municipal Ney Pontes Duarte reunindo representantes de Jucuri, Upanema, Tibau e dos bairros Lagoa do Mato, Nova Vida e Belo Horizonte para sistematizar as discussões que vêm acontecendo desde o ano passado sobre as demandas das mulheres, levantadas a partir do projeto Cidades Seguras para as Mulheres, coordenado pela ActionAid, para que a cidade seja um lugar mais seguro para todas.
O Seminário contará com a participação de Juliana Funari, assessora da ActionAid, que acompanha o projeto no Rio Grande do Norte. Adriana Vieira, coordenadora do projeto no estado explica que “a extensão e a intensidade da violência nós já conhecemos. O que nós temos que fazer é construir alternativas de prevenção da violência através de uma educação não sexista, da auto-organização das mulheres e de como rever os papeis sociais de homens e mulheres na sociedade. A violência acontece porque vivemos neste sistema patriarcal e machista”.
Às 15h, no bairro Nova Vida, Glisiany Pluvia junto ao Grupo Mulheres em Ação fará roda de conversa sobre o histórico da marcha da lanterna lilás na sede do grupo e adianta: “a marcha das lanternas lilás já é tradição no bairro desde 2005″. O Mapa da Violência 2015 mostrou que 55,3% dos crimes de violências sexista foram cometidos no ambiente doméstico e 33,2% dos homicidas eram parceiros ou ex-parceiros das vítimas. No RN, em 2003 foram registrados 32 homicídios de mulheres, enquanto que no ano de 2013 esse número chegou a 89 homicídios, um aumento de 178,1%.
Glisiany Plúvia continua: “Aqui na comunidade, só em agosto deste ano, duas mulheres foram assassinadas por dizerem não aos seus ex-parceiros. Por isso, pela luta, estaremos ainda mais fortalecidas nas ruas dizendo não ao machismo que nos acomete todos os dias, todas as noites”.