Experiência do CF8 é destaque na formação da Oficina “Fomento Rural e Projetos Produtivos” do projeto ATER Mulheres

Como parte do processo de formação da oficina “Fomento Rural e Projetos Produtivos”, do programa Ater Mulheres, Rejane Medeiros, coordenadora técnica do Centro Feminista 8 de Março, participou na tarde desta terça-feira (26) de uma reunião onde foi possível destacar as experiências da instituição com o fomento. O programa Fomento Rural é uma das ações do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDA) e envolve duas ações principais: acompanhamento social e produtivo e transferência direta de recursos financeiros não reembolsáveis às famílias para investimento em projetos produtivos.

Na oportunidade, Rejane falou sobre a diversidade de projetos desenvolvidos através da possibilidade do fomento pela Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER): “A partir do diálogo que tivemos com a experiência do fomento, tivemos diversos projetos, entre eles para melhoramento de safra”, destacou.

Sobre os principais resultados observados pela instituição, a auto-organização dos grupos de mulheres está entre os destaques: “Dentre os resultados destacados, tem o fortalecimento da auto-organização das mulheres. Muitas passaram a se organizar. Um resultado que a gente aponta como fundamental é o fato das mulheres definirem seus projetos e dizerem como querem utilizar os seus recursos e por fim, o fato desses projetos serem personalizados, cada projeto foi elaborado de acordo com o que elas identificaram. Muitas mulheres buscaram um recurso a mais para potencializar o seu processo de produção, além de toda a gestão dos recursos ser realizada por elas”, afirmou Rejane.

Outro ponto destacado foi o direito à terra e a água, que atualmente ainda é um grande fator impeditivo para a produção das mulheres: “Quando a gente pensa em assistência técnica e no uso do fomento, a gente tem que pensar no acesso à terra e a água. O acesso aos maquinários é algo que precisa ser ampliado, pois são poupadores de esforço físico”, destacou Rejane, que citou o exemplo de uma agricultora acompanhada pela instituição que pôde comprar um terreno através da sua produção.

Por fim, Rejane destacou a importância de não dissociarmos o trabalho da produção do trabalho da reprodução, pois atualmente a carga horária de trabalho das mulheres é superior a dos homens: “Fortalecer o debate acerca da sobrecarga de trabalho das mulheres, seja na produção ou reprodução, é fundamental para a elaboração de projetos de autonomia econômica, mas também para o fortalecimento dessas mulheres como sujeitos políticos”, disse.

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