O semiárido pulsa e, nele, as mulheres produzem vida, renda e autonomia.
Está na reta final o Projeto Quintais das Margaridas no município de Santa Cruz, no interior do Rio Grande do Norte, iniciativa que vem transformando a realidade de inúmeras agricultoras familiares da região.
O projeto é resultado da articulação entre o Centro Feminista 8 de Março (CF8), a Articulação Semiárido Brasileiro (ASA), a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (CONTAG), a Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares do Estado do Rio Grande do Norte (FETARN) e o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA). Ele integra a pauta histórica da Marcha das Margaridas, movimento que reivindica políticas públicas voltadas às mulheres do campo, das florestas e das águas.
Mais do que espaços de cultivo de alimentos saudáveis, os quintais agroecológicos tornam-se territórios de resistência, trocas de saberes e empoderamento feminino. Como destaca Rosivania, uma das participantes, “que cada quintal desse Nordeste seja território de realização de sonhos, que os espaços transbordem vida para além dos alimentos, em saberes e agroecologia”.
O Projeto Quintais das Margaridas reafirma o compromisso com a agroecologia e o feminismo como caminhos para a justiça social. É pelas mãos das mulheres que o bem viver floresce no semiárido.