Plenária da Marcha Mundial das Mulheres discute preparativos para a Marcha das Margaridas
Na amnhã de ontem cerca de 40 militantes da Marcha Mundial das Mulheres da região Oeste do Rio Grande do Norte estiveram reunidas para discutir sua participação na quarta Marcha das Margaridas, que acontece nos dias 17 e 18 de agosto, na cidade de Braíslia.
A reunião começou com uma apresentação da Marcha das Margaridas e informes gerais sobre o processo de mobilização pelo Brasil. Destaca-se nessa mobilização a empolgação das mulheres e suas estratégias de arrecadação de recursos para a atividade. Umas vendem rifas, outras organizam jantar, outra srealizam festas e assim vai se somando o recurso necessário para a participação de todas em a Brasília.
“Do Rio Grande do Norte seremos 400 mulheres que nos juntaremos a outras milhares em Brasília” diz entusiasmada Tica, do município de Apodi.
Os municípios que já confirmaram presença em Brasĺia são: Mossoró, com 130 mulheres, Apodi, Upanema e Caraúbas com 90 mulheres, sendo 30 de cada município, Goverdaor Dix-Sept Rosado com 20, Baraúna levará 16, Assú e Campo Grande, serão representados por 20 militantes, Tibau terá 15 mulheres, além dos municípios com menor participação, como, por exemplo, São Rafel e Grossos que juntos levarão 11 mulheres. “Mas são essas pequenas porções que fará com que sejamos 100 mil em Braísilia”, afirma, uma das militantes de Grossos.
Para terminar a reunião, o grupo discutiu o texto “autonomia econômica das mulheres” do caderno de formação e preparação da Marcha das Margaridas, que inclui ainda debates sobre soberania alimentar, sexualidade e mudanças climáticas.
Marcha das Margaridas
A É uma ação estratégica das mulheres do campo e da floresta para conquistar visibilidade, reconhecimento social e político e cidadania plena.
A maior mobilização de mulheres trabalhadoras rurais do campo e da floresta do Brasil tem esse nome, como uma forma de homenagear a trabalhadora rural e líder sindical Margarida Maria Alves.
Margarida Alves é um grande símbolo da luta das mulheres por terra, trabalho, igualdade, justiça e dignidade. Rompeu com padrões tradicionais de gênero ao ocupar por 12 anos a presidência do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Alagoa Grande, estado da Paraíba. À frente do sindicato fundou o Centro de Educação e Cultura do Trabalhador Rural. A sua trajetória sindical foi marcada pela luta contra a exploração, pelos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras rurais, contra o analfabetismo e pela reforma agrária. Margarida Alves foi brutalmente assassinada pelos usineiros da Paraíba em 12 de agosto de 1983.