Nesta terça, 14, mais de 50 mulheres de diversos segmentos – rurais, urbanas, de movimentos sociais e sindicais – se reunirão no Centro Feminista, a partir das 9h, para discutir e organizar as atividades do 8 de março, dia internacional da Mulher.
Para as feministas, o 8 de março é um dia de luta e reivindicações por direitos de igualdade e, este ano, movimentos de mulheres de todo o país trazem como manifesto unificado a luta contra a reforma da previdência alertando que a PEC 287/2016 do governo de Michel Temer dificulta significativamente o acesso aos direitos previdenciários.
Dentre as muitas mudanças previstas por essa reforma da previdência está o aumento da idade mínima para aposentadoria de mulheres igualando a dos homens “isso desconsidera a sobrecarga que carregamos do trabalho doméstico e do cuidado”, diz Cláudia Lopes, militante da Marcha Mundial das Mulheres, que explica: “a nós, mulheres, os trabalhos mais precarizados e sem direitos. Temos mais dificuldades de nos manter no mercado de trabalho e de contribuir com a previdência. Não queremos um futuro de mais exploração e dependência!”.
Para enfrentar a conjuntura, Conceição Dantas, da coordenação da MMM, diz que “as mulheres estão sempre na frente de batalha lutando contra machismo, a violência, o conservadorismo e os retrocessos. E é na auto organização que nos fortalecemos. Por isso convidamos todas as mulheres para nos organizarmos para o 8 de março, mas também para seguirmos construindo uma agenda que paute e faça a transformação da sociedade.”.
Manifesto Nacional das Mulheres contra a Reforma da Previdência: http://wp.me/a12KTQ-ZU