Bispos visitam acampamento de famílias camponesas em Apodi nesta quarta-feira

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O Arcebispo de Natal, Dom Jaime Vieira Rocha; o de Mossoró, Dom Mariano Manzana; e o Administrador Diocesano de Caicó, Pe. Ivanoff Pereira da Costa realizam uma visita pastoral e celebração da palavra, às 16h, desta quarta-feira, 04, ao acampamento Edivan Pinto, em Apodi, que abriga mais de mil famílias atingidas pelo Projeto de Irrigação da Chapada do Apodi, responsabilidade do DNOCS.

A visita tem como objetivo conhecer in loco a realidade das famílias atingidas pelo projeto. Na ocasião, a Igreja do RN, com seus pastores e agentes de pastoral, renovará o compromisso de apoio e defesa dos direitos das famílias campesinas atingidas pelo projeto do Apodi, exigindo das autoridades constituídas o respeito à dignidade humana das pessoas atingidas, e com a defesa dos direitos e garantias fundamentais de cada família, a fim de que a paz e a justiça social sejam restabelecidas e garantidas.

Marcha Mundial das Mulheres presta solidariedade às famílias

Desde o ano passado, quando o projeto começou a ser mais divulgado, as mulheres e seus familiares têm recebido apoio da Marcha Mundial das Mulheres. Em dezembro, a MMM realizou a atividade “24 horas de Ação Feminista” e no último sábado, as famílias camponesas de Apodi foram lembradas durante a mobilização de encerramento do 9º Encontro Internacional da Marcha Mundial das Mulheres, em São Paulo, com o lema “Somos Todas Apodi”.

Com relação à visita dos bispos, a coordenadora nacional da MMM, Conceição Dantas, afirma que esse ato mostra que a Igreja está do lado das pessoas pobres, o que foi também salientado com a vinda do papa Francisco ao Brasil. “A Igreja está se posicionando a favor das pessoas e contra projetos que só vão prejudicar ainda mais a vida de famílias provocando mais fome e miséria”, declara Conceição.

Entenda o Projeto:

O projeto do perímetro irrigado da Chapada do Apodi prevê entregar as terras da região e a água dabarragem de Santa Cruza cinco grandes empresas da fruticultura irrigada causando a desapropriação de cerca de seis mil agricultoras e agricultores apodienses.

Apodi tem na agricultura sua principal atividade econômica e ela é desenvolvida nas pequenas propriedades camponesas. É na Chapada do Apodi que está a segunda maior produção de mel de abelha do Brasil e um dos maiores rebanhos de caprinos do país.

 

O QUE O PROJETO PREVÊ:

– Entregar as terras da Chapada e a água da Barragem de Santa Cruz para 05 empresas do agronegócio;

– Expulsar centenas de famílias de pequenos agricultores e agricultoras de suas terras;

– Provocar o envenenamento das terras, das águas e da população com o uso de agrotóxicos pelas multinacionais;

– Acabar com a produção de mel, da caprino-ovinocultura, da avicultura, etc;

– Ocasionar a escassez de água para os produtores de arroz do vale;

– Promover impactos negativos nas três dimensões da sustentabilidade, social, ambiental e econômica, destruindo o modelo em curso e inaugurando um outro baseado na acumulação e na exploração das pessoas e da natureza.

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