Mulheres do campo e da cidade vão às ruas no 8 de março em Mossoró

Na manhã de sábado, 8, mais de 500 mulheres da zona urbana e rural da região oeste se reunirão na praça do Pax, a partir das 8h, para realizar um ato público do dia internacional da mulher que, para as militantes da Marcha Mundial das Mulheres, é dia de celebrar conquistas e reivindicar direitos de igualdade.

A movimentação no 8 de março é tradição na cidade de Mossoró. A Marcha articula as militantes para irem às ruas. Mulheres de Baraúna, Governador Dix-Sept Rosado, Tibau, Caraúbas, Carnaubais, São Rafael, Apodi, Serra do Mel, Mossoró, Assu, São Miguel do Gostoso, entre outros, trarão suas realidades locais aliadas à questões nacionais e internacionais da luta feminista.

Na ocasião, as militantes ressaltarão três pontos que estão na agenda feminista nacional e local: a prostituição nos grandes eventos, no caso, copa do mundo; a agroecologia e a resistência contra o projeto do DNOCS na Chapada do Apodi; e o plebiscito por uma constituinte exclusiva e soberana do sistema político.

Sobre a questão da prostituição, as mulheres da Marcha entendem o quanto é maléfica para as mulheres e para vida em sociedade, considerando que não se trata de uma profissão, mas uma situação de submissão e opressão que vitmiza cada vez mais mulheres, sobretudo nos períodos de grandes eventos como a copa do mundo, aumentando o número de tráfico de mulheres e exploração sexual infantil.

Este é o ano internacional da agricultura familiar, e a agroecologia é uma pauta na qual as feministas estão muito empenhadas em construir buscando uma maneira de viver e produzir sem agredir o meio ambiente e as pessoas, considerando desde a reforma agrária e o não uso de agrotóxico à economia solidária e igualdade para homens e mulheres no campo e na cidade.

Até a primeira semana de setembro, quando ocorrerá a votação da seguinte pergunta: “Você é a favor de uma constituinte exclusiva e soberana sobre o sistema político?”, o plebiscito popular estará sempre nas agendas dos movimentos sociais. Adriana Vieira, militante da Marcha, reforça que: “Nós consideramos importante fazer o debate em todos os espaços e sobre todas as questões na perspectiva feminista para que possamos construir um sistema político igual para homens e mulheres”

No dia internacional da mulher, as feministas deixam o recado na voz de Samara Silva da MMM do P.A Maurício de Oliveira: “A gente vai pras ruas no 8 de março pra comemorar nossas vitórias e reclamar nossos direitos negados. É um momento pra nos unirmos e nos fortalecermos para a nossa luta que é todo dia”.

O ato circulará pelo centro da cidade e se encerrá também na praça do Pax, por volta das 10:30h, com batucada feminista, intervenções poéticas e teatrais.

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