Hoje, às 8h, na sede do Sindicato dos Comerciários de Mossoró (SECOM), acontece o encontro de formação e articulação do Plebiscito da Constituinte. Além de diálogos e reflexões sobre o Plebiscito Popular por uma Constituinte Exclusiva e Soberana ligando a prática cotidiana dos movimentos sociais às pautas do plebiscito, o encontro se propõe a facilitar a construção de materiais de divulgação da campanha.
Cerca de 30 militantes de diversos movimentos sociais, trazem suas bandeiras de lutas, os problemas e as alternativas que encontram no dia a dia para fortalecer o debate e construir estratégias para conquistar “mentes e corações” na disputa por transformação do sistema político. Adriano Cavalcante, da Associação das Comunidades Fraternas e MIRE, afirma que: “mais do que coletar votos para a pergunta: “Você é a favor de uma constituinte exclusiva e soberana sobre o sistema político?” entre os dias 1 a 7 de setembro de 2014, o desafio é de fazer da preparação do plebiscito uma ação pedagógica, trabalho de base, em que se possa pautar e debater temas fundamentais para a construção de um projeto popular para o nosso país”.
O plebiscito é a convocação dos cidadãos e cidadãs que, através do voto, podem aprovar ou rejeitar uma questão importante para o país. O plebiscito popular é uma forma democrática de consulta popular, antes de uma lei ser promulgada.
A imposição do poder econômico, oportunismo eleitoral e a sub-representação de gênero e de raça impedem diretamente maior representatividade democrática e mudanças estruturais. Então, o financiamento público de campanha, o sistema de votação, mecanismos para aumentar a transparência da aplicação dos recursos públicos e o fortalecimento da democracia direta através de plebiscitos, referendos e projetos de iniciativa popular para que o poder seja para o povo em oposição ao Estado mínimo neoliberal são propostas para a nova constituinte.
Adriana Vieira, da Marcha Mundial das Mulheres, afirma que: “vemos no processo do plebiscito uma boa oportunidade para radicalizar a democracia e participação popular que não é possível sem colocar a questão da paridade de gênero e de debater nossas pautas com relação à divisão sexual do trabalho, saúde e autonomia da mulher dentro da própria esquerda e na sociedade, de um modo geral. São muitos os desafios, mas não vamos abrir mão de um projeto feminista, classista, anti-homofóbico e anti-racista”.
Programação (18/06/2014)
08:00 – Mística de Abertura
09:00 – Diálogos e reflexões sobre o plebiscito.
11:00 – Encaminhamentos e agenda
12:00 – Almoço (Restaurante Popular)
14:00 – Oficinas artesanais: stencil, fanzine, estandarte e vídeo