Desde o ano de 2005, a Marcha da Lanterna Lilás é tradição no bairro Nova Vida. O ato se dá em alusão ao dia 25 de novembro, dia internacional de combate à violência contra a mulher. Este ano, a marcha acontecerá no próprio dia 25 de novembro, com concentração às 17h na praça principal do Nova Vida e Parque das Rosas percorrendo a comunidade até a sede do Grupo Mulheres em Ação, na Av. Erondina Cavalcante Dantas com o tradicional, sopão.
Com o tema “Uma vida sem violência é direito das mulheres”, o Grupo de Mulheres em ação junto à Marcha Mundial das Mulheres realiza esta marcha para com as luzes lilás acesas, bandeiras, cartazes, tambores e palavras de ordem, afirmar a vigilância com estas situações de violência principalmente no bairro Nova Vida que registra um dos maiores índices de agressões contra a mulher da cidade.
Nas palavras de Francisca Damasceno do Mulheres em Ação, “o objetivo é dizer da nossa solidariedade feminista e dos direitos que temos, de alertar das diversas formas de violência e intimidar os machistas de plantão. A marcha das Lanternas Lilás serve para dialogar com mulheres e homens fazendo memória das mulheres que não baixaram suas cabeças, acendendo nas presentes companheiras a chama da luta: seja nos defendendo e punindo a violência física e psicológica do machismo de cada dia, como também, construindo autonomia e organização das mulheres para mudar o mundo”.
Os números da violência mostram que somente neste ano mais de 20 mulheres foram brutalmente assassinadas no Estado do RN. Cerca de seis denúncias diárias chegam à Delegacia Especializada na Defesa da Mulher (DEAM) em Mossoró. Os números sobre a violência contra a mulher, no Brasil, são alarmantes, apesar dos avanços da Lei Maria da Penha.
Conceição Dantas da Marcha Mundial das Mulheres explica que “a violência contra a mulher é estruturante da sociedade machista e capitalista. O dia 25 de novembro, Dia Internacional da Não-Violência contra a Mulher, tem por intuito denunciar e acabar com essas expressões de violência que oprime a vida de mulheres do campo e da cidade, negras e brancas, jovens e adultas”.