Em campo com dona Mazé: a cada visita, muitos aprendizados no intercâmbio de ATER Mulheres

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               “Se sintam em casa”. Foi assim que Maria José convidou as 37 mulheres de Caraúbas e Campo Grande para conhecerem seu quintal, sua produção e sua luta diária para cultivar uma terra sem veneno e uma vida com soberania alimentar e autonomia. E assim segue o quarto intercâmbio do ATER Mulheres do Centro Feminista 8 de Março.

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                Há oito anos, Maria José iniciou a empreitada de transformar seu quintal em um modelo de produção agroecológico. As hortaliças e diversas plantas frutíferas e medicinais, criação de galinhas, tanques de tilápias, abelha de jandaíra e o projeto de Produção Agroecológica Integrada e Sustentável, PAIS, deixaram as mulheres impressionadas e cheias de vontade de produzir também.

Maria José explica como cuida de seu quintal: “A gente, antigamente, tinha mania de arrancar o mato, queimar, pra deixar o quintal limpo que nem como se fosse na casa da gente, mas o mato é quem protege o solo. Quando tava tudo limpo, o solo era rachado. Mas hoje, as folhas que a gente deixa vão se decompondo e se transformando no melhor adubo e depois que a gente irriga, as folhas e o mato deixam o solo molhadinho por mais tempo”.

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                Outro motivo de orgulho para dona Mazé é o não uso de agrotóxicos. Calda de pimenta malagueta e solução preparada com folhas de Nim são usados como repelentes naturais, afastando as pragas das plantações. A cada visita, novos aprendizados vão se somando e, assim, as mulheres vão construindo uma melhor convivência com o semiárido e mudando suas vidas e o mundo!

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