O ciclo de Conferências Territoriais de Políticas Públicas para as Mulheres tem continuidade nesta quinta-feira (03) na cidade de Assú, com a realização da Conferência do Território Assu-Mossoró. A atividade foi convocada pela sociedade civil e será realizada pela Secretaria de Políticas Públicas para as Mulheres do RN (SPM/RN) com o apoio do Centro Feminista 8 de Março, a FETARN, a Marcha Mundial das Mulheres do RN, a Rede Xique-Xique, o INCRA e o Núcleo de Desenvolvimento Territorial (NEDET).
A Conferência que será realizada no Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Assu tem como objetivo avaliar e fortalecer as políticas para as mulheres da região. Com o tema “Mais direitos, participação e poder para as mulheres”, esse encontro irá debater assuntos como a participação das mulheres nos conselhos, educação, segurança, enfrentamento à violência, saúde, sistema político e participação das mulheres, avanços e desafios das políticas públicas para as mulheres e recomendações para o sistema nacional de políticas para as mulheres.
Para a Secretária de Mulheres da FETARN, Antônia da Silva Dantas, dentre os temas que serão abordados destacam-se “a paridade política partidária como um todo, o fortalecimento das políticas de enfrentamento à violência, e no caso das mulheres rurais a questão da documentação, políticas públicas de inclusão produtiva que não tratem o homem como o mentor e a mulher como excluída, assegurando assim a autonomia dessas mulheres”.
As etapas municipais e territoriais da IV Conferência de Políticas para as Mulheres, são fundamentais para garantir a amplitude do debate as políticas públicas voltadas para as mulheres de cada região, respeitando assim, suas necessidades e particularidades. Estas conferências antecedem a Estadual, que será realizada entre os dias 25 e 27 de novembro; e a IV Conferência Nacional, que será realizada entre os dias 15 e 18 de março de 2016.
Adriana Vieira, técnica do Centro Feminista 8 de Março, explica que “as conferências são um processo de diálogo com o poder público a partir de um documento, é uma forma de sistematizar o que vivemos todos os dias e para que possamos cobrar do poder público que se transformem em políticas públicas de Estado, porque sendo políticas de Estado e não só uma política de governo, independentemente do governo que venha a assumir após o atual terá que cumprir essas políticas sem alterá-las. Como ainda vivemos em uma sociedade desigual e conservadora, garantir essas políticas públicas de Estado faz com que as mulheres tenham uma segurança independente do governo que venha a assumir”.