Esta semana, na comunidade de Vila Nova, Tibau, o Cento Feminista 8 de Março está realizando a capacitação de mulheres para construção dos filtros de reuso de água do projeto Água Viva com o apoio da União Europeia e da Fundação do Banco do Brasil.
O sistema “Água Viva” consiste no reaproveitamento da água utilizada nas atividades domésticas como lavagem de louça e roupa para aguar a plantação. O filtro é capaz de garantir água adequada para o cultivo agrícola, pois além de livrar de bactérias prejudiciais e conservar alguns nutrientes como fósforo e cálcio (contidos nos resíduos acumulados na água cinza) adubando melhor a terra para a produção. A água é utilizada para a irrigação de frutas e hortaliças agroecológicas. No mês passado, o projeto recebeu premiação da Fundação Banco do Brasil de Tecnologia Social.
A capacitação está sendo facilitada por Lindinalva Martins que tem experiência como cisterneira e conta com a participação de 6 mulheres da comunidade que estão aprendendo a construir a tecnologia social para replicar em suas casas e multiplicar o projeto no local onde vivem.
Através da replicação da experiência, o projeto Água Viva e a própria tecnologia está sendo aprimorada: “com a construção coletiva feita pelas próprias mulheres, uma vai aprendendo com a outra. Importante também é que estamos usando as matérias primas que existem nos locais e, além do aprimoramento dos filtros, a apropriação da técnica pelas mulheres implica diretamente no empoderamento destas e no barateamento da obra”.