Ocupar ruas e praças por liberdade e direitos é o lema do 20º Grito dos/as Excluídos/as para este ano de 2014. Em Mossoró, o Grito será lançado neste sábado, 12, às 8h na praça do Mercado Central.
Tendo como espinha dorsal o tema ‘Vida em Primeiro Lugar’, o ato que acontece sempre no dia 7 de setembro, data cívica em que se comemora a liberdade da Pátria, o vigésimo Grito vem convocar o povo a tomar às ruas na construção de um projeto popular.
O lançamento que ocorrerá neste sábado contará com a participação de diversos movimentos sociais, sindicais e de partidos de esquerda. O ato recordará os lemas anteriores e levará os anseios atuais da sociedade. Dentre as principais pautas, está o plebiscito popular pela constituinte, proposta de reforma do sistema político. Isadora Mendes, da comissão organizadora do Grito, militante da Marcha Mundial das Mulheres, explica que: “o plebiscito vem perguntar a população se somos a favor de uma Constituinte Exclusiva e Soberana do Sistema Político que, traduzindo em miúdos, significa dialogar com o povo e fazer pressão para mudar o sistema político de nosso país a fim de maior participação popular e mudanças estruturais na construção de uma sociedade com saúde, educação, segurança, terra, cultura justa para trabalhadores e trabalhadoras, sem machismo, racismo e homofobia”.
Entre os movimentos que participarão do lançamento, o Movimento Pau de Arara, que luta pela mobilidade urbana em Mossoró, fará intervenção de retorno às atividades nas ruas. Mallu Andrade, estudante secundarista, militante do MPA afirma: “é muito importante pra gente, neste momento especial, unirmos forças com os tantos movimentos reunidos para lutarmos pela mobilidade dentro das pautas do plebiscito e gritarmos com mais força e consciência política por melhorias do transporte público de nossa cidade: Se não tem ônibus, a gente para!”.
Carlinhos, do Sindicato dos Trabalhadores do Comércio de Mossoró, SECOM, diz que o Grito é uma forma de manifestação pública com o objetivo de denunciar, em diferentes lugares e ao mesmo tempo, toda e qualquer injustiça cometida pelo sistema capitalista e “uma forma de irradiar a mensagem de que as mudanças acontecerão com o povo em luta, contra os agrotóxicos e o modelo de produção e destruição do agronegócio, a falta de saúde, educação, transporte coletivo, violência, e tantas outras coisas, ocupando praças e ruas por direitos e liberdade. É uma forma de dar voz àqueles e àquelas que são calados e caladas, com os direitos renegados”.
‘Ocupar ruas e praças por liberdade e direitos’ vem de um vasto mosaico de manifestações populares ocorridas em 2013 e que retornam com insistência em 2014, apresenta-se com energia juvenil em busca dos direitos básicos da população.