Nesta terça-feira (17), agricultores e agricultoras familiares, e integrantes de diversos movimentos sociais de toda a região Nordeste participam de um ato em Petrolina (PE) e seguem em marcha até Juazeiro (BA). O ato público intitulado “Semiárido Vivo: Nenhum direito a menos” é em defesa da continuidade e ampliação das ações de convivência com o semiárido e pela urgência na revitalização do Rio São Francisco.
A atividade é uma realização da Articulação Semiárido Brasileiro (ASA), Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), entre outros. Cerca de 15 mil pessoas de todos os estados da região participam do ato.
Somente do Rio Grande do Norte foram organizados mais de 10 ônibus com agricultores e agricultoras, e integrantes dos movimentos sociais para participarem do ato. O Centro Feministas 8 de Março mobilizou mulheres de Mossoró e região para esta atividade.
O ato reivindica a necessidade de recursos para a continuidade dessas políticas importantes para a convivência com a região semiárida com ações descentralizadas, como a implementação de cisternas de placas para captação de água da chuva para consumo humano e produção de alimentos, Bolsa Família, acesso a créditos, Programa Nacional de Aquisição de Alimentos (PAA), Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), Seguro Safra e o Bolsa Estiagem. A manifestação também alertará para a urgência na revitalização do rio, importante para a população ribeirinha.
Documento
Durante a 5ª Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, realizada entre os dias 3 e 6 de novembro, foi lançado o documento “Semiárido Vivo: Nenhum direito a menos”, assinado por diversos movimentos e organizações. O documento também alerta para a necessidade da continuidade e ampliação das políticas públicas sociais que, nos últimos 12 anos têm garantindo uma transformação na vida de milhares de pessoas e que estão comprometidas atualmente por conta da crise econômica e política. A diminuição destas e outras ações, associadas a outros fatores como a possibilidade de mais três anos de seca, pode indicar a redução ou até mesmo a paralização dos avanços conquistados pela população do semiárido. “A paralisação dessas ações compromete os direitos dos mais pobres, entre eles o direito à segurança alimentar”, alerta o documento.