Centro Feminista executa projeto com equipe só de mulheres que garante acesso à água a 186 famílias de Assú e Mossoró

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O Centro Feminista 8 de Março (CF8) está executando pela segunda vez o Programa Uma Terra e Duas Águas (P1+2) da Articulação Semiárido Brasileiro (ASA) e da Associação Programa Um Milhão de Cisternas (AP1MC),  com o financiamento da Fundação Banco do Brasil (FBB) e do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), e que tem o objetivo de ampliar o estoque de água das famílias, comunidades rurais e populações tradicionais para dar conta das necessidades dos plantios e das criações animais. Neste mês de junho estão sendo concluídas as construções das tecnologias em Assú e em Mossoró.

Através deste programa estão sendo construídas 93 Cisternas calçadão e 93 Cisternas de enxurrada. No geral, são 110 tecnologias em 13 comunidades rurais de Mossoró e 76 em 08 comunidades de Assú, beneficiando diretamente cerca de 750 pessoas nestes dois municípios. Em 2014 o Centro Feminista executou o P1+2 pela primeira vez, na ocasião, foram construídas 320 implementações em 04 municípios potiguares.

Um diferencial do P1+2 executado pelo Centro Feminista é a participação ativa das mulheres em todas as etapas do projeto. Jucileide Rodrigues, da equipe do CF8, explica que: “a equipe tem mulheres que atuam na construção, nas marcações, fiscalização. A equipe do CF8 é formada só por mulheres. Isso é muito positivo porque mostra que as mulheres podem desenvolver qualquer trabalho, até mesmo esses que a sociedade diz que são tarefas para homens”.

De acordo com Juliana Lira, assessora técnica da AP1MC, “o p1+2 enquanto programa ganha muito quando tem uma equipe só de mulheres, já que a gente está lutando pela agroecologia e a gente diz que sem feminismo não há agroecologia, quando a gente tem uma equipe só de mulheres que são feministas é garantido que essa discussão vai chegar à pauta, é de fundamental importância para o projeto como um todo”.

As mulheres são também as principais beneficiárias do projeto, sendo que a maioria das tecnologias é colocada no nome delas. Além disso, as famílias participam de processos de formação dobre o uso responsável da água, o uso da água para a produção, feminismo e agroecologia. Deste modo, a partir da produção e da comercialização de produtos que a água da cisterna proporciona, as mulheres têm acesso à renda e à autonomia financeira. Segundo Maria Adeliana, da comunidade Cabelo de Nêgo, na Zona Rural de Mossoró: “essa cisterna vai trazer muitos benefícios pra gente, né? Porque a gente podendo produzir, a gente tem como tirar pro nosso sustento e o que sobrar ainda dá pra vender”.

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